Recentemente, acabei de ler este livro da Isabel Allende.

Antes de começar a ler o livro, já tinha algumas expectativas em relação ao mesmo. Talvez o facto se tenha devido a já ter lido outros livros da autora.

Confesso que, apesar de não ter propriamente uma paixão por História, fiquei "presa" desde o início à narrativa. É-nos apresentado um tema de certo modo polémico - a escravatura - de uma forma tão pormenorizada que temos a sensação de sermos parte integrante da história. No que diz respeito às personagens, estão tão bem caracterizadas e munidas de sentimentos, crenças e valores que parece que as pessoas retratadas são reais. Fazem-nos experimentar vários sentimentos, entre os quais empatia - no caso da personagem principal: Zarité - e ao mesmo tempo de revolta e repugnância, provocados pelas personagens dos amos.

Embora seja um livro volumoso em termos de páginas - tem 511 - não se torna cansativo, na medida em que a história parece ser renovada ao longo das páginas.

Sem dúvida, um livro a ler!

Em seguida, podem ler a sinopse do livro. Boas leituras.

 

 

Sinopse:
Para quem era uma escrava na Saint-Domingue dos finais do século XVIII, Zarité tinha tido uma boa estrela: aos nove anos foi vendida a Toulouse Valmorain, um rico fazendeiro, mas não conheceu nem o esgotamento das plantações de cana, nem a asfixia e o sofrimento dos moinhos, porque foi sempre uma escrava doméstica. A sua bondade natural, força de espírito e noção de honra permitiram-lhe partilhar os segredos e a espiritualidade que ajudavam os seus, os escravos, a sobreviver, e a conhecer as misérias dos amos, os brancos. Zarité converteu-se no centro de um microcosmos que era um reflexo do mundo da colónia: o amo Valmorain, a sua frágil esposa espanhola e o seu sensível filho Maurice, o sábio Parmentier, o militar Relais e a cortesã mulata Violette, Tante Rose, a curandeira, Gambo, o galante escravo rebelde… e outras personagens de uma cruel conflagração que acabaria por arrasar a sua terra e atirá-los para longe dela. Quando foi levada pelo seu amo para Nova Orleães, Zarité iniciou uma nova etapa onde alcançaria a sua maior aspiração: a liberdade. Para lá da dor e do amor, da submissão e da independência, dos seus desejos e os que lhe tinham imposto ao longo da sua vida, Zarité podia contemplá-la com serenidade e concluir que tinha tido uma boa estrela.
sinto-me:
publicado por olharovazio às 18:44